PR confirmou ontem 21 óbitos; na Argentina, um dos países com mais registros, confirmações chegam a 275. O total de mortes no Brasil provocadas pela gripe suína e confirmadas pelos Estados chegou ontem a 129. Apenas no Paraná, 21 óbitos foram confirmados ontem e o Estado passou a ser o terceiro com o maior número. São Paulo e Rio Grande do Sul continuam sendo os Estados com mais registros - 50 e 29, respectivamente. Na Argentina, um dos países com maior número de óbitos, as mortes confirmadas estavam em 275 até a semana passada. No Paraná, o aumento do número de casos foi o mais expressivo ontem. Até então, tinham sido confirmadas apenas quatro mortes no Estado. De acordo com o secretário da Saúde, Gilberto Martin, o aumento se deve à demora dos exames que eram feitos na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Desde o dia 27 de julho, o Laboratório Central do Paraná (Lacen) foi autorizado a também fazê-los. "A partir do momento em que começamos a fazer exames pelo Lacen, começamos a ter resultados em maior volume e velocidade", salientou Martin. Em razão disso, a secretaria passa a divulgar três boletins semanais. Pelos dados divulgados ontem, o Estado realizou 3.829 exames em suspeitos, dos quais 601 deram positivo. Mais dados sobre as mortes serão divulgados no boletim de hoje. Martin adiantou que o predomínio é de adultos jovens. "É uma das características do vírus", disse. Entre as 25 mortes registradas desde o início da epidemia de gripe suína, 19 aconteceram na região de Curitiba, 2 na região de Ponta Grossa, 2 na região de Jacarezinho, 1 na região de Foz do Iguaçu e mais 1 na região de Londrina. Os óbitos ocorreram entre o dia 14 de julho e ontem, quando morreu uma pessoa. "Em relação aos números, principalmente os de óbito, nós estamos trabalhando com transparência total", ressaltou o secretário.Para o infectologista Caio Rosenthal, o número de mortes chama a atenção, mas não surpreende. Segundo o especialista, em relação a outros anos, os dados de 2009 não seriam maiores. "Não estou menosprezando as mortes, mas infelizmente não me surpreende", diz. "No ano passado, 70 mil pessoas morreram de gripe e de complicações ligadas a ela no Brasil." Antônio Pignatari, infectologista do Hospital Nove de Julho, concorda. À medida que a epidemia avança, afirma, o número de mortes também tende a ser maior. "Como não temos o denominador - o número de casos -, os óbitos podem preocupar, mas são compatíveis com a epidemia, que, se não está em seu auge, está próximo dele", afirma o médico, EVOLUÇÃO. Também ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a informar que a previsão é de que cerca de 2 bilhões de pessoas sejam afetadas pela nova doença até o final da pandemia. Essa previsão da OMS corresponde a cerca de um terço da população do planeta. A entidade, no entanto, reconheceu que simplesmente não sabe qual o número de pessoas afetadas hoje. Dados publicados ontem pela entidade apontam 162,3 mil casos em 168 países e territórios até o dia 31 de julho. Ocorreram pelo menos 1.154 mortes. As Américas continuam tendo a grande maioria dos casos. Seriam 98,2 mil apenas nessa região, com 1.008 mortes - ou seja, 87,3% de todas as mortes já registradas por causa da gripe suína. Só no México, foram quase mil casos em apenas cinco dias. A segunda região com maior número de mortes é a Ásia, com 65. Mas a OMS admite que não sabe se esses são os números corretos nem qual a real situação, já que os governos não são obrigados a registrar cada um dos casos e centenas passaram desapercebidos.
O Estado de S. Paulo
Desde o dia 27 de julho, o Laboratório Central do Paraná (Lacen) foi autorizado a também fazê-los. "A partir do momento em que começamos a fazer exames pelo Lacen, começamos a ter resultados em maior volume e velocidade", salientou Martin. Em razão disso, a secretaria passa a divulgar três boletins semanais. Pelos dados divulgados ontem, o Estado realizou 3.829 exames em suspeitos, dos quais 601 deram positivo. Mais dados sobre as mortes serão divulgados no boletim de hoje. Martin adiantou que o predomínio é de adultos jovens. "É uma das características do vírus", disse. Entre as 25 mortes registradas desde o início da epidemia de gripe suína, 19 aconteceram na região de Curitiba, 2 na região de Ponta Grossa, 2 na região de Jacarezinho, 1 na região de Foz do Iguaçu e mais 1 na região de Londrina. Os óbitos ocorreram entre o dia 14 de julho e ontem, quando morreu uma pessoa. "Em relação aos números, principalmente os de óbito, nós estamos trabalhando com transparência total", ressaltou o secretário.Para o infectologista Caio Rosenthal, o número de mortes chama a atenção, mas não surpreende. Segundo o especialista, em relação a outros anos, os dados de 2009 não seriam maiores. "Não estou menosprezando as mortes, mas infelizmente não me surpreende", diz. "No ano passado, 70 mil pessoas morreram de gripe e de complicações ligadas a ela no Brasil." Antônio Pignatari, infectologista do Hospital Nove de Julho, concorda. À medida que a epidemia avança, afirma, o número de mortes também tende a ser maior. "Como não temos o denominador - o número de casos -, os óbitos podem preocupar, mas são compatíveis com a epidemia, que, se não está em seu auge, está próximo dele", afirma o médico, EVOLUÇÃO. Também ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a informar que a previsão é de que cerca de 2 bilhões de pessoas sejam afetadas pela nova doença até o final da pandemia. Essa previsão da OMS corresponde a cerca de um terço da população do planeta. A entidade, no entanto, reconheceu que simplesmente não sabe qual o número de pessoas afetadas hoje. Dados publicados ontem pela entidade apontam 162,3 mil casos em 168 países e territórios até o dia 31 de julho. Ocorreram pelo menos 1.154 mortes. As Américas continuam tendo a grande maioria dos casos. Seriam 98,2 mil apenas nessa região, com 1.008 mortes - ou seja, 87,3% de todas as mortes já registradas por causa da gripe suína. Só no México, foram quase mil casos em apenas cinco dias. A segunda região com maior número de mortes é a Ásia, com 65. Mas a OMS admite que não sabe se esses são os números corretos nem qual a real situação, já que os governos não são obrigados a registrar cada um dos casos e centenas passaram desapercebidos.
O Estado de S. Paulo
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