
O principal alvo das investigações citadas pelo Ministério Público, está nas licitações e convênios facilitados entre construtoras, engenheiros da Funasa e funcionários das prefeituras.Desarticular um grupo criminoso especializado em desviar recursos públicos federais destinados a Prefeituras do Estado do Ceará, este é o objetivo da operação fumaça deflagrada pela Policia Federal em cinco municípios, no último dia 17. Depois das buscas e apreensões de documentos e computadores nas prefeituras, incluindo Iguatu, na região centro-sul e Brejo Santo, no Cariri, a polícia inicia a análise do material com o intuito de encontrar os culpados.
O principal alvo das investigações citadas pelo Ministério Público, está nas licitações e convênios facilitados entre construtoras, engenheiros da Funasa e funcionários das prefeituras. Segundo o Portal da Transparência e o Sistema de Informações dos Municípios (SIM), do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), constam às licitações de cada construção referente aos municípios investigados, e construtoras responsáveis.Em Iguatu, a construtora L & R Construções Ltda, pertencente a Leylyanne Lima Chagas e Lilyanne Lima Chagas, antes a Leylyanne Lima e Roberta Dias Matos, a empresa é responsável pela construção do aterro sanitário, que está sob investigação da PF. O grau de parentesco entre as sócias, mostra o nível de familiaridade, que também, figura em obras nos outros municípios mencionados.
Segundo funcionários da Funasa, (fontes) as responsáveis pela construtora estão sendo utilizadas como ‘laranjas’, para fins de negociar e facilitar o acesso de Mauro Sérgio Façanha, suposto dono das construtoras Conexo Engenharia Ltda e L & R Construções Ltda, engenheiro da Divisão de Engenharia e Saúde Pública da Funasa. As investigações devem apurar também, se os sócios quotistas estão declarando a Receita Federal os altos lucros, por eles conferidos até a data da licitação do aterro sanitário de Iguatu.Durante a análise dos documentos, os técnicos da Policia Federal, juntamente com o Ministério Público Federal no Estado, deverão analisar os convênios firmados pelas construtoras Conexo Engenharia Ltda, Vecol – Vetor Engenharia e Consultoria Ltda, Ducto Engenharia Ltda e Alge Engenharia Ltda e a Frota Fortes Engenharia, que estariam envolvendo o engenheiro Ricardo Barbosa Nunes e o chefe da Divisão de Engenharia e Saúde Pública, Petrônio Soares - ambos funcionários da Funasa – prováveis donos dessas construtoras, direcionando as licitações a seu favor. O trabalho de investigação iniciado através de instauração de inquérito pelo Ministério Público Federal já vem sendo realizado há um ano. Entre inúmeras irregularidades, está o superfaturamento de obras, empresas com sócios laranjas, além de parentesco de empresários com fiscais e engenheiros da Funasa. Após avaliação das provas apreendidas, o procurador da República poderá propor ação penal para julgamentos dos acusados.
POR VICENTE JÚNIOR
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